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sábado, 20 de dezembro de 2014

Todos somos belos



Este momento da moda realmente me agrada, e muito! É claro que quanto ao vestuário só vemos releituras e mais releituras. Não vemos mais criações, novidades de fato. A não ser nas misturas que antes eram absurdas e agora são tendências, como usar estampa com estampa, jeans com jeans, conjuntinho; misturar tecidos e estilos em um mesmo look. Na maquiagem também há mais liberdade agora. O que antes era ousado agora é super visto por aí.

Mas eu me refiro mesmo à questão das diferenças. Elas não ficam mais só fora das passarelas. Claro que as modelos altas e magricelas ainda reinam, mas temos muitos modelos diferentes que fazem muito sucesso e abrem caminho para tantos outros que antes nem imaginariam modelar como opção de carreira. Já falamos de alguns aqui no In Moda:

Este é Stephen Thompson, o modelo albino da Givenchy que posou em uma campanha estrelada também pela modelo transsex Lea T.


Lea T.


Outra modelo de quem falamos aqui no blog é a Aimee Mulins que além de ser modelo também é atriz e atleta.

Aimee Mullins


A modelo da vez é a Cara Delivnigne, que também é o rosto da Saint Laurent. Apesar de ter os padrões físicos da maioria das outras tops, a Cara tem uma característica muito forte: as sobrancelhas! Eu tenho sobrancelhas grossas e bem escuras, pretas mesmo, e sofria altas zoações no colégio por conta disso. Quando enfim eu comecei a depilar as sobrancelhas, de tanto que me zoaram, eu as deixei bem finas. E mantive assim durante um bom tempo. Quando as deixei mais grossas novamente teve quem achasse estranho, mas agora a maioria gosta; agora é moda. 


Cara Delevingne


Como não é só de magricelas que o mundo é habitado, não podíamos deixar de mostrar algumas modelos mais cheinhas que também arrasam no carão e nas passarelas.Como a modelo brasileira Fluvia Lacerda.

Fluvia Lacerda



Escrevendo este post me lembrei de uma propaganda que assisti há algum tempo e que me emocionou muito!Falei dela pra várias pessoas. É uma campanha da Dove. No vídeo um desenhista forense faz o retrato falado de várias mulheres, primeiro seguindo a descrição que elas fazem de si mesmas e depois seguindo a descrição de pessoas que passaram algum tempo com cada uma delas. O resultado é lindo e emocionante, vale a pena conferir:






sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sem cor, com raça!


Stephen Thompson

Pesquisando sobre albinismo, descobri uma série de fatores que me surpreenderam! Antes, eu sabia que os albinos tem falta de pigmentação na pele, nos cabelos e/ou nos olhos e que eles tem que tomar ainda mais cuidado com o sol, porque as áreas do corpo com menos pigmentação são muito mais sensíveis aos raios solares. Mas tudo isso é óbvio, em todo o verão sempre rolam as campanhas para que nós nos protejamos dos raios solares, sabemos  que quem tem pele mais clara tem que usar protetores com fator mais alto, etc. Mas quando eu, eventualmente, via pela rua algum albino, eu achava lindo e achava que todo mundo pensasse como eu. Mas não! Descobri que na Ilha de Ukerewe, na Tanzânia, por exemplo, eles são capturados e tem partes do corpo arrancadas para a prática de rituais de bruxaria e na África, não sei bem se é em todo o continente ou em uma determinada região, muitos acreditam que fazer sexo com uma mulher albina cura o HIV, então muitas mulheres albinas lá são vítimas de estupro!



Aqui no Brasil não fiquei sabendo de nenhum caso envolvendo rituais ou superstição, mas a situação também não é legal. Não se sabe ao menos quantos são os albinos brasileiros, eles não recebem suporte do governo e recentemente li uma entrevista em que um albino disse que foi a uma consulta médica em que o médico lhe perguntou desde quando ele era albino. Um médico não sabia que o albino já nasce assim. Esse mesmo rapaz, da entrevista que li, disse que começou a tomar suplemento vitamínico porque a falta de banhos de sol contribui para a redução de vitamina E no organismo e nenhum médico lhe alertou quanto a isso, sem falar que ele paga cerca de R$200,00 em camisas com proteção solar.

Procurei por roupas com proteção solar e descobri algumas marcas que fabricam peças com tecidos que tem alto fps , como a Sun Cover (www.suncover.com.br) que promete bloquear 98% ou mais dos raios UVA e UVB e tem tecido que facilita a transpiração e mantém a temperatura do corpo sem elevação. Visitei o site da marca para conferir os preços das peças, são altíssimos! Um chapéu básico custa R$ 110,00 e uma regatinha branca feminina também suuper básica custa R$115,00!!!


Há uma ONG no Mato Grosso do Sul e um na Bahia que dão assistência aos albinos, apenas!

Visitando um site que eu gosto muito, o Hypeness : www.hypeness.com.br, vi uma série de fotos de um fotógrafo  chamado Alexandre Severo. Ele registrou alguns momentos de três crianças albinas, duas meninas e um menino, filhas de uma mulher negra, mãe de outras duas crianças que não são albinas. As fotos são emocionantes! Essa família é pobre e mora em uma favela na cidade de Olinda, em Pernambuco. A mãe diz que o sonho deles é o PhotoDerm 100, protetor solar que custa R$96,00 e dura apenas três semanas. Em uma das fotos, o menino foi retratado correndo na rua em um dia ensolarado, com um sorriso enorme no rosto, querendo ser criança, sem precisar fugir ou se esconder do sol. As fotos são lindas e no mesmo site tem outros posts sobre albinos, além de diversos outros temas interessantíssimos. Graças às fotos ( Alexandre Severo) e à matéria feita pelo jornalista João Valadares, que foram publicadas no Jornal do Commercio, em Pernambuco, essa família recebeu ajuda. Mas imaginem que deve haver muitas outras pessoas que também não tem condições de comprar filtro solar, óculos de grau  (por conta dos problemas de visão que aparecem por causa da falta de pigmentação nos olhos), óculos escuros com fps( para prevenção contra problemas de visão) e roupas com proteção solar  e  que também não recebem assistência alguma e, às vezes, ainda são vítimas de preconceito.
Família fotografada por Alexandre Severo