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segunda-feira, 30 de março de 2015

Nós

Padrão de beleza! Está aí uma expressão super descabida.  Mas infelizmente essa ainda é uma busca de homens e mulheres que ultrapassam os limites do que é saudável para ter uma aparência, às vezes, muitooo diferente da que já tem.
Um exemplo que me deixou PAS-SA-DA foi o da Kylie Jenner - ela virou outra pessoa!

Claro que, embora impactante, o que ela fez nem se compara aos exemplos dos "Kens e Barbies humanos" que fazem de tudo - arrancam costela, fazem duzentas mil plásticas, param de comer e gastam fortunas para tentar ficar o mais parecidos que puderem com BONECOS!!! Inclusive, um desses obcecados foi parar na UTI outro dia...pra ficar com essa aparência horrendaaaa.


Tentar melhorar a própria imagem, ficar mais bonito ou bonita através de exercícios, cosméticos, melhorando ou mudando o estilo de se vestir, fazer alguma cirurgia plástica, ok, mas desde que isso seja feito com bom senso, de maneira segura e respeitando os limites que devem ser respeitados. 
Eu bem sei como é difícil ser sempre segura e indiferente quando, pra onde quer que olhemos - outdoors, revistas, televisão, internet... - há inúmeeeeras mulheres "aparentemente" "perfeitas". Sem estrias, sem celulite, sem gordura localizada, com seios grandes, bumbum durinho e empinado, barriga sequinha, cabelos maravilhosos, sorrisos incríveis, olhos claros, bronzeado num inverno de 10ºC...Ufa! É fod...! Ainda mais quando você já tem baixa autoestima.
Mas não é todo mundo que se submete à "faca" em busca da aparência "perfeita". Outro dia eu, que sou magrelinha (mas queria ter corpão), fiquei bem felizinha quando reparei em duas mulheres gatíssimas que nunca colocaram silicone, nem nos seios, nem na bunda; nem comem batata-doce o dia todo pra ficar tipo Panicat e, mesmo assim - naturais, são maravilhosas: Camila Pitanga e Sophie Charlotte. Devo admitir que eu fico muitooo feliz quando vejo esse tipo de beleza sendo valorizada num país que celebra tanto o exagero nos corpos femininos. Eu não me refiro à valorização da magreza, me refiro à valorização de corpos reais! Não vejo nada demais em querer se cuidar, se melhorar, Eu mesma estou há tempos tentando engordar uns quillinhos. E sempre tem um monte de gente que me diz que eu não preciso, que estou bem assim, mas eu não estou no meu peso ideal e é isso que quero alcançar, sem fazer loucuras, respeitando os limites do meu corpo.
Conheço um mulher linda, super segura de si, que faz muitooo sucesso - agora - com os homens e é gorda. Falei que ela faz sucesso agora, porque isso só aconteceu depois que ela começou a se amar e a se cuidar, aceitando-se como é! Ela sempre foi gorda, em uma época mais, em outra menos. Mas quando ela parou de se lamentar e de tentar dietas mirabolantes - que nunca davam certo - e começou a se valorizar  tudo mudou, para melhor.
Sendo assim, resolvi mostrar algumas mulheres que fazem sucesso na moda e  nas passarelas sem ter aquela imagem de top model com a qual já estamos acostumados.

Denise Bidot, foi a primeira modelo plus-size a desfilar na passarela da New York Fashion Week

Winnie Harlow, modelo. Ela, como é evidente, tem vitiligo e desfila por passarelas do mundo todo e já fez campanhas pra marcas  muito famosas como a Diesel.

Carmem Dell'Orefice, a mais velha modelo em atividade. Foi capa da Vogue pela primeira vez aos 15 anos. E hoje, aos 83, pode ser vista em campanhas para a Rolex e a Target.

 
Jillian Mercado tem distrofia muscular e é modelo.



Jamie Brewer, atriz de American Horror History, foi a primeira modelo com Síndrome de Down a desfilar na New York Fashion Week.


Elas são inspiradoras! Queria eu ter essa segurança... 
Que elas sirvam de exemplos para todos nós!



segunda-feira, 16 de março de 2015

Eeeeeee!!!!




É isso aí! Agora é se inscrever e fazer aquele look lindooo pra concorrer na 7ª edição do Concurso de Moda Inclusiva.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Uau!

 Eu não consigo me conformar com a intolerância e com tamanha ignorância, principalmente porque, como nunca, temos acesso a informação. Mas parece que quanto mais conectados estamos, mais alienados ficamos. É tudo 'num clic' e, muita gente, só lê uma nota ou escuta um trecho de uma conversa de bar; lê apenas o título de algum post e já acha que tem parâmetros suficientes para ter alguma opinião sobre determinado assunto.
Eu sei, aqui não é lugar para desabafar, mas estou teclando sem ter feito rascunho, simplesmente guiada pela minha indignação.
Hoje, navegando pelo site da Folha, li: Garotas têm seus véus puxados em Paris- já fiquei enojada. Eu sei que, recentemente, houve aquele atentado ao Charlie Hebdo e isso desencadeou ainda mais reações de ódio contra muçulmanos, mas nada justifica essa falta de respeito, assim como nada justifica o atentado. Inclusive porque, embora mais conhecidos, os "muçulmanos" que praticam terrorismo fazem parte de uma minoria dentre os seguidores do Islã. Mas assim como muita gente acha que todo muçulmano ´terrorista ou é simpático ao terrorismo, o que não é verdade, muita gente também acha que as vestimentas femininas islâmicas são símbolos de opressão da mulher, mas esse é outro equívoco. O traje islâmico para mulher é o exercício do direito dela de não ser igual às outras, de não "precisar" expôr seu corpo, e, principalmente, de se posicionar como cidadã muçulmana onde quer que esteja, seja no Ocidente ou no Oriente. Esse traje simboliza com muita precisão o sentido de identidade visual, pois através dela, a mulher mostra que é muçulmana e transmite também os valores que carrega.  Em um dos trechos da matéria da Folha, um das garotas que teve seu lenço  puxado, diz que ama usar seus lenços e que o lenço é 'uma reafirmação da fé e do estilo' dela. Achei lindo! Eu sou muçulmana, moro no Brasil desde sempre e não uso o lenço, Quero muito que um dia eu tenha a coragem que essa menina tem. Depois do que aconteceu, ela comprou mais 15 lenços.
Conheço muitas mulheres que já foram vítimas de preconceito e de violência verbal e física por estarem usando lenço, niqab (véu que deixa somente os olhos à mostra), inclusive minha madrasta, que usa o niqab. Eu até já presenciei algumas ridículas manifestação de preconceito que ela e meu pai sofrem, sem falar dos olhares de reprovação que lançam aos dois (meu pai usa as vestimentas islâmicas masculinas e a barba comprida) - muitos falam: você está no Brasil. Não precisa usar essa roupa aqui. Isso é vergonhoso e inaceitável! Mas minha madrasta sempre calma, segue andando e ignora esses comentários. Agora eu pergunto: essas manifestações também não são formas de terrorismo? Eu me sinto envergonhada por não usar o véu, por não apoiar a atitude e a coragem das minhas irmãs. E como grande apreciadora da moda me sinto muito decepcionada em ver o péssimo exemplo que o país que sempre influenciou a moda mundial, está dando. Pois a questão vai além dos véus puxados, já que a França multa em 150 Euros as mulheres que usarem niqab - isso sim é opressão!
A inclusão na moda também se aplica a cada indivíduo ter o direito de exercer sua individualidade com um estilo que tenha a ver com  a sua personalidade, com seus gostos e valores.