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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Entrevista: Arlindo Grund



Entrevistamos o Arlindo Grund, apresentador do programa Esquadrão da Moda do SBT e consultor de moda. Essa é apenas uma das muitas entrevistas que, se Deus quiser, vocês vão conferir aqui no In Moda.


Queremos aproveitar aqui a opinião do Arlindo sobre moda inclusiva e lançar a primeira enquete do blog. Então, assistam e, nos comentários, digam se vocês concordam ou não com ele e o que vocês acharam da entrevista.

domingo, 26 de maio de 2013

Do Yourself ¤


DOMINGO EM CASA? HORA DE COSTUMIZAR!

Cansado (a) daquela peça de roupa simples e básica no seu guarda roupas?!
Temos a dica para deixa- la linda e única!
Já ouviu falar no efeito degrade em tecidos?

 

 

Um efeito lindo que sempre foi usado em maquiagens e unhas, agora passa a inovar em tecidos.

 

O que você precisa para fazer a sua: Tinta para tecidos (você decide a cor); Vinagre; Sal e Água.
Para você brilhar com a sua peça nova, só que não, basta mergulhar a peça escolhida dentro de um balde com a tinta até a altura que quer fazer o degrade, e deixe a peça assim durante 40 minutos. Depois disso, enxague a peça com bastante água.

Prepare um balde com água, 4 colheres de sal e 1 colher de vinagre e coloque a peça dentro, deixando de novo 40 minutos para fixar a cor. Enxague a peça novamente e ponha para secar a sombra.


 




Após tudo isso sua peça se torna única, com as cores que você mais gosta. Você pode ousar mais ainda customizando a peça já com spikes ou adereços de sua preferência.

 
 
Gostou da Dica? Comente!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Arrasandoooooo!!!

Segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Censo 2010 revelou que há 60 mil casais gays no Brasil, estimativa que já deve ter aumentado. Segundo grupos militantes existem de 6 a 10 milhões de homossexuais no país. Mesmo assim, os gays ainda sofrem muito preconceito! Conheço pessoas que acham que todo o gay se veste com roupas de mulher, usa maquiagem, fala fino, usa salto alto... Hahahahahhahahah. Mal sabem eles que devem ter amigos gays que não dão a menor pinta! Pensando em mostrar que o universo gay reúne pessoas de diversos estilos, resolvemos mostrar aqui três tipos beeem diferentes.






O primeiro faz a linha "mafará", consegue até passar despercebido, mas não se deixem enganar pelo estilo de boy comum. Ele gosta de jeans mais básico, regata e boné mesmoooo, tipo adolescente. 

Já o segundo, ou eu deveria dizer: a segunda? Hahahahahahahhaha. Enfim, ele é nitidamente e assumidamente andrógino. Ele arrasa no look! Usa maquiagem, calça justinha... Enfim, nós meninas nos beneficiamos de amizades assim, já que é uma fonte de looks bafoos que podemos pegar emprestados!!!

O terceiro faz a linha geek, mas varia de vez em quando, sempre optando por looks mais alternativos. Ele reinaaaa na gravatinha borboleta e nos óculos, sempre variados! Sem falar que suspensórios são babadeirooosss!


Filipe, Hiago e Lucas

Pois é, os três tem estilos e gostos bem diferentes, mas são amigos.  Sabemos que nem todo mundo é pró-gays, mas educação e respeito é o mínimo que devemos ter em uma sociedade civilizada. Infelizmente, temos que, vergonhosamente, encarar o fato de que nem todos os integrantes dessa sociedade são civilizados. Mas nós aqui do In Moda levamos a inclusão à sério e fazemos a nossa parte. Aqui há espaço para todos, mesmo!

sábado, 11 de maio de 2013

Entrevista com : Daniela Auler



Lucas e Samya (In Moda)





Fizemos uma entrevista com a Daniela Auler, coordenadora do Concurso de Moda Inclusiva promovido pela Secretaria dos Direitos da pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo. Como já dissemos aqui, esse ano acontece a quinta edição do evento, desta vez, Internacional.

Essa entrevista você confere abaixo!


In Moda: Daniela, como surgiu a ideia de criar o Concurso de moda inclusiva?

Daniela Auler: Foi uma iniciativa do governo do estado de São Paulo quando na época da gestão do Serra, ele fez uma reunião para saber que faltava ser feito em relação à pessoa com deficiência. Ele tinha criado a Secretaria Municipal, ai ele criou a Estadual. Quando teve o planejamento do que precisava, foram discutindo alguns pontos: como levar a questão de saúde e acessibilidade, por que existe ainda certo preconceito, a gente já evoluiu muito, mas ainda tem uma barreira cultural ai. E fora que um dos trabalhos que a secretaria exerce secretaria é oferecer para a pessoa com deficiência todos os bens e serviços a que a pessoa sem deficiência tem acesso, poder oferecer esses bens e serviços, e o vestuário é um bem, é um serviço que a gente tem que oferecer para as pessoas.
O concurso, primeiro era só para estudantes, hoje é para estudantes e profissionais do Brasil inteiro. Estamos levando isso para uma parte da sociedade que trabalha com padrões de beleza, que hoje em dia é super colocado na moda. O que são esses padrões? Para a onde a moda está indo? Então estamos também em um momento de repensar a moda mundial. E além disso,está sendo oferecido um novo segmento de mercado para essas pessoas.

In Moda: Também vem sendo feita moda inclusiva fora do Brasil há algum tempo, não é?

Daniela Auler: A gente criou um concurso de moda inclusiva para estimular os alunos a pensarem nesse caso, tinham algumas pessoas que faziam pontualmente alguma coisa ao longo do Brasil e fora também. A gente mapeou, então tinha uma empresa em Portugal que já começava a trabalhar isso, duas empresas na Alemanha, tudo começando ao mesmo tempo em que a gente, só que essa criação do concurso de moda inclusiva, aqui no Brasil, estimulou e esta fomentando o mercado para isso. Então, hoje quando você fala em moda inclusiva se você for no Google por exemplo, nossa ferramenta mágica, você já vê varias pessoas falando sobre moda inclusiva, você já vê blogs e sites.também algumas participantes do concurso que estão realizando marcas e-commerce.

In Moda: E quais sãos as soluções que a moda inclusiva traz para os portadores de deficiência? Por exemplo: como faz para adaptar essas roupas, fica caro?

Daniela Auler: Então, a gente está estudando essa questão da moda inclusiva, a cada ano a gente ganha um pouco mais de experiência. Em relação às pessoas com deficiência a ideia é que haja uma moda no conceito do desenho universal, para todos em qualquer ciclo de vida da pessoa. Então, hoje em dia nos também ficamos mais velhos, a expectativa de vida do ser humano e maior, então a gente fica mais tempo idoso e a gente acaba adquirindo alguma deficiência... Uma moda que também é utilizada pela mulher grávida, se eu quebro um braço... Mais ou menos igual à questão da calçada quando você rebaixa, para pessoa com deficiência, a sociedade inteira é beneficiada. Na moda também funciona assim, você pode optar por ter ou não esse conforto. Trabalhar tecidos tecnológicos, cicatrizantes, usar um pouco da tecnologia do esporte para isso, para a pessoa que está na cadeira de rodas, às vezes o suor fica retido no tecido e ela pode ter uma pneumonia... Enfim, modelagens diferenciadas que facilitem. Eu moro sozinha, então às vezes, para vestir um vestido de festa – gente, eu quero morrer! - Penso: Gente vou ter que sair na rua para alguém fechar o meu vestido. Não é legal. Então, é muito importante ter coisas que facilitam e ajudam a dar independência e autonomia.

In Moda: Daniela, muito obrigada por nos receber e nos ceder essa entrevista. Parabéns pela iniciativa e pelo trabalho que você e sua equipe realizam!

Daniela Auler: Eu queria dizer que acho muito legal o trabalho que vocês estão fazendo, nessa questão de uma responsabilidade social, a busca de uma sociedade mais justa. Quero parabenizar vocês e falar que qualquer coisa que vocês precisarem nós aqui da secretaria do Estado de direito da pessoa com deficiência, estaremos à disposição.

 


 
Daniela Auler





 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Super Woman


Hoje vamos falar sobre uma mulher incrível! Um verdadeiro exemplo de beleza, competência e superação – a atleta, modelo e atriz Aimee Mullins!

Aimee nasceu sem os perônios,ossos que estão ao lado das fíbias, e por decisão dos pais realizou uma cirurgia e teve suas pernas amputadas, dos joelhos para baixo, com apenas um ano de idade. Essa corajosa atitude e o fato de Aimee ter se adaptado muito bem as próteses livraram-na da cadeira de rodas.
                                                                   
 

Ela sonhava em ser atleta e começou a realizar esse sonho competindo em corridas, com próteses especificas para praticas esportivas, nos tempos de universidade.Aimee foi muito disciplinada e investiu mesmo na carreira de atleta, tanto que quando competiu nos Jogos Paraolímpicos de Atlanta, em 1996, ela conquistou 3 recordes - 100 e 200 metros rasos e salto distância.

 



Convidada para desfilar para o designer Alexander McQueen, Aimee começou a fazer sucesso como modelo e também se tornou embaixadora mundial da L’Oreal Paris e foi também o rosto de uma das campanhas da marca. Alem disso, a bela entrou para a lista das 50 pessoas mais bonitas do mundo da Revista People.
 
 
Cheia de talento, em 2002 ela, participou do filme “Cremaster 3”, do diretor Matthew Barney.
 
 
Uma curiosidade de Aimee,ela adora próteses descoladas e diferentes,ela sempre leva em suas viagens as ‘’suas relíquias ’’.
 
 
 
Que como podemos ver, podem ser consideradas verdadeiras obras de arte !
 
“O que significa ter uma deficiência? Pamela Anderson tem mais próteses em seu corpo do que eu e ninguém a chama de deficiente”, disse Aimee em um de suas entrevistas. Fonte : ABC-ES.

 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

2

Hoje vou falar sobre duas tendências outono-inverno que estão dando o que falar.

Vou começar pelos creepers! Com solado reto de plataforma, eles foram criados para os soldados da Segunda Guerra Mundial, mas logo caiu no gosto dos rockabillies, os Teddy Boys. Depois começaram a ser usados pelos punks de Londres e mais tade, nos anos 90, os clubbers deram uma cara ainda mais extravagante ao sapato. Resgatado por alguns e nunca deixado de lado por outros; e com inúmeras opções de modelos, os creepers estão nas vitrines e nos pés de muitos fashionistas.

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Há quem goste e há quem torça o nariz, mas uma coisa é certa: os creepers são tendência! Então, aqui vão alguns exemplos de como usá-los de diversas formas e sem erro!


 
 
 
Agora vamos ao floppy! Esse chapéu ba-pho-ni-co foi febre nos anos70 e muito usado por ícones como Brigitte Bardot. Agora ele está de volta enchendo de charme looks de mulheres estilosas pelo mundo todo!
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 27 de abril de 2013

Meninos, é tempo de ousar!


Entre tantas roupas,você ainda teima em esconder(ou nem olhar para) a estampa de ‘’Bolinhas’’ ? Chega!!!
 

A estampa Poá (bolinhas),originalmente conhecida por Polka Dots ou Petit-Pois, foi uma estampa que marcou presença no guarda roupas feminino nos anos 50,usadas freqüentemente em roupas e biquínis.

E com o tempo a estampa volta à tona, e em 2013 a estampa Poá é moda nos looks masculinos,esbanjando suas principais características: versatilidade,e atitude.







http://www.facebook.com/home.php#!/modaparahomens?fref=ts


 As possibilidades de uso desta estampa são inúmeras, desde looks formais até casuais.Passando por gravatas, lenços, cachecóis, camisas, camisetas e até mesmo calças. No caso dos lenços, gravatas e cachecóis não há muito como errar, como qualquer outra estampa, fica ótima sobreposta a cores neutras.




Então compre a sua já, e arrase em todos os lugares !

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Entrevista com Drika Valério

Como já dissemos  e mostramos antes aqui no blog, a vencedora da 4ª edição do Concurso de Moda Inclusiva, que rolou ano pasado foi a Drika Valério. Mas nós não podíamos ficar só nas fotos, então você confere abaixo a entrevista que fizemos com ela.


Drika
 

In Moda- Drika, como surgiu a ideia do vestido de noiva que você levou ao desfile do Concurso?

Drika - Bom,  tudo surgiu na época do TCC. E eu louca com um monte de ideia, querendo fazer tudo ao mesmo tempo. E tava bem na época do casamento real e todo aquele glamour com o vestido da princesa, e eu: Gente, eu quero fazer um vestido de noiva! – Mas eu ficava pensando: um vestido de noiva... De que isso vai servir pro mundo? Né? Eu queria fazer  uma coisa diferente e não conseguia ter ideia de um vestido de noiva diferente. E colorido já existe, assim já existe e de arrancar a saia já existe. O que  é que eu vou fazer? Até que um amigo pegou e sugeriu: Por que é que você não trabalha...esquece isso e trabalha com moda inclusiva? Aí, eu fui atrás, aperfeiçoei a ideia e falei assim: Não, eu não vou abandonar o que eu queria. Então vamo unir o útil ao agradável. Vamo trabalhar com moda inclusiva, mas de um jeito que chame a atenção: vestido de noiva! Que é uma coisa que ainda não tem! Aí, eu resolvi fazer um vestido de noiva inclusivo, só que focado pra inclusão, que é o que o pessoal ainda não entende hoje em dia. Inclusivo não é roupa pra deficiente, é roupa também pra deficiente, é pra todos! Que tanto uma pessoa sem deficiência ou com deficiência vai poder usar. Aí é que o diferente.

In Moda - Resolvida essa parte, como foi o processo de execução dessa ideia?

Drika - Eu não tive um centavo de gasto em toda essa ideia e nem quando eu vim pro concurso também. Eu podia pedir pra minha mãe pagar a passagem, e tudo, mas eu falei: Não é justo! Eu ganhei, então eu vou dar um jeito de ganhar as passagens também. – Com o vestido foi a mesma coisa. Eu tive a ideia do vestido, desenvolvi, desenhei, peguei um pedaço de um tecido, cortei e fiz pruma boneca, pra testar na boneca a peça piloto. Aí, falei: Vamo executar. Mas vamo fazer um vestido de noiva e vamo fazer bem feito. – Um vestido de noiva não é barato. Eu não tenho como pagar. O que é que a gente vai fazer? Fui lá, pesquisei as dez lojas de noiva que eu mais gosto em Bauru, que eu acho que são as melhores e falei: Vamo primeiro na melhor, aí depois a gente vai indo nas outras, né? Uma delas tem que topar. Não é possível tomar dez nãos, né? – E fui! Com a cara e com a coragem, sem saber nem o que pedir exatamente. Cheguei: Ó, meu projeto é esse. – Na primeira loja, que é a Lauviah Ateliê, lá de Bauru, na hora eles toparam! A melhor loja que eu achei, na hora eles assumiram a ideia e me ajudaram a desenvolver o croquí e fizeram o vestido... E descobriram que eu sei costurar, então  eu ajudei a costurar até certas partes do vestido por que é lógico que é complexo. E ele foi todo bordado com Swarovski e pérola sintética. Foi a coisa mais linda do mundo! Ficou um vestido de princesa mesmo. E depois eles me doaram o vestido porque ele tem que ficar pro acervo da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiencia aqui de São Paulo. Ou eu mandaria fazer outro, que eu não tinha dinheiro , ou eu tinha que deixar esse vestido aqui. Aí eles me doaram o vestido, que ficou aqui.

In Moda - E o que torna esse vestido inclusivo?

Drika - Esse vestido foi projetado inteirinho em metodologias científicas,  na tecnologia assistiva, que consiste em pegar produtos que já existem e adaptar pra pessoas com deficiências; e no Design Universal. Então aliando a tecnologia com o design universal, que é aí que tá a grande inovação dele, que não tinha isso ainda. Aí pensei em fazer um vestido , que nesse caso, seria o vestido de noiva pra que qualquer pessoa do mundo pudesse usar. Assim, é lógico que nos extremos, você não vai conseguir agradar todo mundo e nem conseguir fazer com que caiba e se adapte a todo mundo, mas ao maior número de pessoas possível. E esse vestido, ele foi dividido em corpete que veste por cima, acabou. A saia, ela tem uma regulagem de elástico, então ela serve tanto pruma pessoa mais gordinha,quanto pruma mais magrinha. Então aí você já matou o tamanho de manequim, o corpete, a mesma coisa, ele é regulável atrás, então já serve pra manequins diferentes. E... o grande truque na regulagem da saia, que não sei se você lembra, no... no... concurso, que a própria modelo pega e puxa a regulagem da saia e deixa ela no comprimento que ela quiser longa, média ou curtinha. E no caso de pessoa com deficiência pra não pegar na roda ou até de uma pessoa amputada, que usa muleta também precisa subir o vestido ou no caso de uma noiva que quer curtir a festa com um vestido mais curtinho. Ela mesma vai lá e, né? Já vai curtir a balada da festa e depois  deixa ele longo de novo! Então, prático e serve pra qualquer tipo de pessoa. Nisso que eu me foquei, no design universal – mesmo!


In Moda - Um dos prêmios para o primeiro lugar do Concurso de Moda Inclusiva foi o estágio na Vicunha Têxtil. Mas você também ganhou há pouco tempo uma bolsa para um curso e ganhou ssa bolsa com um outro projeto em moda inclusiva. Fala um pouco a respeito disso.

Drika - Coincidiu da Bel Passi voltar para o Brasil e abrir uma escola de empreendedorismo no mês que ia estar aqui fazendo o estágio na Vicunha. E eu fiquei louca! Só que eu nunca ia ter condições de pagar. Aí eles falaram que iam dar dez bolsas. Eu falei: Nem vou participar. Porque é sorteio, depois eu fico frustrada por não ganhar. – Mas daí eles deram um critério de não sortear. De...Por competência. Então você tinha um prazo de seis dias para desenvolver, implantar e mostrar os resultados de um projeto e mandar pra eles.Imagina: seis dias pra você fazer um TCC! Foi muito corrido.Mais seis dias sem dormir, roletando e trabalhando o dia inteiro nisso. E eu tenho uma amiga que ela descobriu, faz um mês, que com câncer. E coincidiu dela ir numa loja, desesperada, procurando blusinha porque ela não conseguia vestir já que ela operou e estava com o movimento do braço restrito.Ela não conseguia fazer isso aqui (movimento que fazemos com o braço quando estamos para vestir uma blusa ou camiseta), tinha que ficar com o braço só assim (mais encostado ao corpo). Então ela só podia vestir a roupa por baixo. Blusinha, top, isso é muito difícil. Não tem como vestir blusa por baixo. Aí, lá vai eu com a tesoura, dar um jeito nas blusas dela. Aí eu fiz um top, uma que amarrava por trás e...e...pra ajudar ela. Como surgiu essa ideia do projeto? Falei: Por que não usar ela no projeto? E ajudar de verdade né,  todas as pessoas, não só ela; que passam por isso. Daí eu desenvolvi três peças em um dia, no outro dia eu costurei as três peças e elas são extremamente simples. Blusinhas que dá pra vestir por baixo, uma tem velcro aqui (do lado) pra não pegar na cirurgia dela, dá pra passar  dreno e não precisa erguer a mão; a outra é de amarrar atrás do pescoço e a outra é uma blusinha que tem dois lacinhos, então você veste por baixo, amarra aqui e aqui ( as alcinhas são de amarrar sobre os ombros) e acabou. Essas três peças que eu fiz, uma coisa bem simples, mas que facilita a vida, e muito! Nisso já consegui apoio d.. em seis dias, da Secretaria da Cultura de Bauru, da Amigas do Peito de Bauru, que é um grupo de apoio à mulheres com câncer. Nesses mesmos seis dias teve o dia que ela raspou a cabeça porque o cabelo ia começar a cair. O meu(cabelo) era aqui (quase na cintura), eu doei mais de trinta centímetros para fazer peruca para pessoas com câncer de Bauru tmabém. Nã foi só pra ela, a Amigas do Peito faz peruca pra emprestar pra quem não tem condições de comprar, então isso foi bem legal! E...ela me ajudou. Já teve amiga dela que falou: Eu vou ajudar também. - Já vestiu a blusinha, já me ajudou a fazer o video, a matéria pra mandar.Aí eu enviei o projeto e ganhei essa bolsa também. Dez do país e eu soube que foram mais de cento e cinquenta inscritos e todos projetos ótimos. E eu tive a graça de ganhar uma dessas dez bolsas. E muita gente vem e fala assim: Nossa, que sorte heim! – Eu falo: Não é sorte, é competência! É muito diferente. Sorte se eu ganhasse na loteria. Competência é outra coisa.

                                   Samya e Lucas(In Moda) e Drika Valerio


domingo, 14 de abril de 2013

Concurso de Moda Inclusiva - 5ª Edição!!!


Abertas as inscrições para o 5º Concurso de Moda Inclusiva!



 

 Uma iniciativa criada há quatro anos vem abrindo as portas para a inclusão na moda. Com o intuito de mostrar que todos temos o direito de nos vestir bem e  ter estilo seja qual for o nosso tipo de corpo. Criado pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e coordenado pela Daniela Auler, o Concurso de Moda Inclusiva também dá oportunidade para jovens estudantes de moda e profissionais da moda colocarem em prática o que prenderam em pról de uma causa realmente significativa. Ajudando também a mostrar que a moda é uma necessidade, e não apenas desejo fútil.

Ano passado a Drika Valerio foi a primeira colocada do Concurso com um vestido de noiva incrível. Claro que a vitória dela não veio sem muito esforço e dedicação. Então se você também gosta de moda, é dedicado e quer usar sua criatividade e seu bom gosto para ajudar a tornar a moda cada vez mais inclusiva, se inscreva na edição desse ano do Concurso de Moda Inclusiva pelo site: http://modainclusiva.sedpcd.sp.gov.br/  .

       Roberta Riene, Drika Válério e Samya(In Moda).

                                              Foto por Lucas Silva(In Moda)




Siga a Drika Valerio e acompanhe suas ideias e seu trabalho em:http://www.facebook.com/home.php#!/drikavalerio1?fref=ts
 

 
Faça parte dessa grande inciativa,inscreva-se!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Abril é o mês da conscientização do Autismo.

 
 
 
 
 
 Todo 2 de Abril , conforme decretado pela ONU em dezembro de 2007!
 
Para quem não sabe oque é Autismo o In Moda tira suas dúvidas:
 
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização e de comportamento. Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), do inglês pervasive developmental disorder (PDD). Entretanto, neste contexto, a tradução correta de "pervasive" é "abrangente" ou "global", e não "penetrante" ou "invasivo". Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.
 
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento.
 
A ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.
 
Mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade.
 
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente estar presente, mas como dito acima nem todos são assim.

 


 
 

A fita feita de peças de quebra-cabeça,Representando o mistério e a complexidade dessa patologia, é um símbolo mundial da conscientização em relação ao autismo.
 
 
 
 
O In moda tem a consciência que a pessoa portadora do autismo,tem a capacidade de interagir com o mundo e com as pessoas ao seu redor,com amor e empatia tudo é possível,um mundo melhor é você que faz !
 
 Parabéns pela iniciativa da ONU por dar um dia de inclusão a essas pessoas!
 
 
ONU ou simplesmente Nações Unidas (NU), é uma das maiores organizações internacionais cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial.
 
 
 
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Essa vai para as meninas!!!

Está na casa do namorado, do amigo, do irmão, enfim, de algum boy, e do nada alguém começa a agitar um rolezinho inesperado. você não estava pronta para isso, saiu de casa de pijama mesmo ou com alguma roupinha casual.
NÃO SE PREOCUPE!!! A dica é: dê uma fuçadinha do guarda-roupas dos meninos!

Nós fizemos isso e olhe como vale a pena...

 
 
Nesse primeiro look usamos a mesma camisa e o mesmo shorts. Para dar um toque mais feminino, nada melhor do que um batom vermelho.
 

 
Nesse outro look usamos a mesma camisa, mas na versão apostei na meia-calça preta e no cintinho dourado para dar um destaque. Você também pode optar por uma legging. 
 
 
 
Fique por dentro das nossas dicas e arrase!



quinta-feira, 21 de março de 2013

Down Fashion

Hoje é o Dia Internacional da Síndrome de Down. E em comemoração, vamos mostrar algumas fotos de desfiles e campanhas de moda que contaram com a participação de modelos que tem Síndrome de Down.


      Foto dos bastidores do IV Desfile e Leilão Beneficente da Fundação Pestalozzi, 2012.




   Foto do Desfile da ONG Tam Tam, com apoio do projeto "E Aí, Beleza? Eu Sou Assim!", 2009.


   Foto do Desfile no Metrô, do Projeto Fashion Inclusivo que aconteceu em Brasília, em 2012.



As duas fotos acima são da campanha infantil da marca Target.



Legal, né? Mais legal ainda é a iniciativa de uma americana chamada Karen Bowersox, que criou, inspirada na neta, um marca especializada em roupas pra pessoas com Síndrome de Down, a Down Designs. 


Modelos e peças da marca.

Para conferir outros looks da Down Designs é só entrar no site -  www.downdesigns.com .



Estilo vó!


Sempre vemos modelos altas, magras e jovens, mas aqui no In Moda levamos a inclusão à sério. Por isso, hoje, resolvemos apresentar a nossa vovó-modelo, Dona Osvaldina!



Super feliz,ela não se contentou em ser apenas a modelo e também ajudou a montar todos os looks. Que lindinha!!!

domingo, 10 de março de 2013

21 de março - Dia Internacional da Síndrome de Down


Hoje vamos dar uma dica diferente.No dia 5 de março as Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Cultura promoveram uma sessão de cinema, com amplos recursos de acessibilidade, do premiado filme “Colegas”, protagonizado por atores com síndrome de Down.



No Facebook-https://www.facebook.com/colegasofilme?fref=ts,   tem fotos, curiosidades e uma lista completa de salas de cinema onde o filme está em cartaz.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Entrevista: Fernando Lopes – Estudante de Educação Física (deficiente visual)

Em uma das turmas de Educação Física da universidade onde estudamos tem um aluno que chama a atenção não somente pela altura, mas também por ser deficiente visual. Imagine, realizar as tarefas de um curso como esse sem enxergar? Quantos de nós conseguiriam andar alguns metros com uma venda nos olhos sem tropeçar ou cair? Pois é... Agora, imagine como deve ser, para ele,  realizar outros tipos de tarefas como ir a uma loja comprar roupas? Esse estudante de educação física chamado Fernando Lopes nos contou. E essa entrevista você confere abaixo.



In Moda- Fernando, em que área da educação física você pretende trabalhar depois de formado?

 Eu pretendo trabalhar na área da educação especial, devido a algumas pessoas me procurarem, como pais com filhos deficientes visuais. Os filhos acabam sofrendo nas escolas com as atividades de educação física, acabam sendo excluídos por causa da falta de preparo de alguns profissionais.

In Moda- Fernando para você que tem deficiência visual, quais são as dificuldades que surgem na hora de comprar e escolher suas roupas e depois em casa para pegar no armário as peças que você quer?

Então,é assim, como eu já enxerguei e perdi a visão ao longo do tempo, tem uma memorização de tudo aquilo que eu vi quando eu enxergava. Então o que acontece? Quando eu perdi a visão, a primeira forma foi adaptar as coisas. Nem sempre vai ter uma pessoa à minha disposição pra eu falar : Ah, eu quero a roupa tal. Então, a opção foi separar , calças assim aqui; calças dessa cor ali, todas as camisas dessa cor, desse modelo, aqui...Você entendeu? Porque aí eu vou tateando,e  eu sei que caça tal vai estar lá e camisa tal também. Às vezes não acontece isso, mas na maioria das vezes é assim que funciona.

In Moda- E na hora de comprar essas roupas, como é que você faz, já que as lojas ainda não trabalham, por exemplo, com etiquetas em braile?

Então, na hora de comprar é junto com minha esposa ou junto com o meu amigo, que está aqui ao meu lado, o Mozart, que é um parceiro que está sempre comigo. É sempre perguntando pra ele como é que tá a tendência de moda, ele também já conhece um pouco do meu estilo, tipo de tênis que eu gosto, roupa...Mas quanto menos você depender, melhor pra você. Você sabe que sua capacidade vai aumentando, você vai a uma loja e não ter que pedir nada pro vendedor porque você sabe que vai colocar o dedo na etiqueta e vai ter a descrição do produto que você está procurando, entendeu? Isso é uma coisa muito benéfica, uma coisa maravilhosa que se vier a acontecer realmente vai ser muito bacana.

In Moda- Qual estilo de roupas você prefere?

Então, eu gosto muito de roupas em tecido tactel, tanto em calças, como em bermudas e bonés...É assim, tipo, eu não sou muito de usar jeans, eu odeio roupa social, só uso quando tenho que usar mesmo, em último caso. Então eu procuro sempre é...seguir nessa tendência...

In Moda- Esporte!

Fernando- Exatamente! Entendeu? Eu acho que é uma coisa que quando eu enxergava ficava muito bom e eu acabei adotando como um estilo fixo, entendeu?

Eu fiquei curiosa para saber se você já fez algum tipo de curso de mobilidade? (pergunta feita pela Carolina Custódio, que estava conosco durante essa entrevista)

Então, esse curso existe não se chama curso de mobilidade, ele se chama curso de AVDA – Atividade da Vida Diária.

Carol- Ah, que legal!

Fernando- É, um curso eu engloba várias coisas. Como guardar as coisas dentro da cozinha da sua casa, como você proceder para fazer um arroz, um feijão, um café... Tudo é técnica, porque você não vê, então você usa muito a técnica auditiva, o tato...Como você deixa as coisas na sala, no quarto, no guarda-roupas, no banheiro, entendeu? Aqui em São Paulo, a única Instituição que tem esse curso é a Fundação Dorina Nowill para cegos. A procura é muito grande, mas é uma coisa muito bacana.

In Moda- Eu fiquei sabendo que você arrasou em uma atividade de dança na faculdade. Como foi?

É,foi uma atividade de ginástica geral onde a gente tinha que desenvolver trinta e seis movimentos artísticos com e sem música. E aí, através dos professores- a nossa professor e o auxiliar de dança se propuseram a fazer comigo essa atividade , que não foi fácil! Tipo assim, eu não tinha final de semana porque tinha que ensaiar todo o dia, mas oi uma coisa bacana, emocionou a professora, que ficou chocada com os meus resultados. Ela não acreditava que seria possível isso acontecer. Ela até pediu desculpas, pois ela havia dito pro meu grupo que eles não conseguiriam realizar essa atividade comigo. E o pessoal conseguiu! Isso prova que a deficiência impõe limites só na cabeça dos outros

 

 
Samya(In Moda), Fernando Lopes e Mozart.